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domingo, 25 de setembro de 2011

Crônicas

E João se viu perdido em meio aquela multidão. Carregavam bandeiras, papéis e um único microfone fazia a alvorada descarada do político. João caminhou, caminhou e encontrou seu primo:
 - Por que toda essa multidão?
 - Eu também não sei. Hoje nem é feriado!
João saiu no meio da multidão fervorosa e encontrou sua mãe. Com ar de felicidade por não está mais perdido, ele perguntou sério:
- Por que toda essa multidão?
 - Eu não sei filho. Só sei que estou aqui. Vai que a gente ganhe alguma coisa. O prefeito está aí. Ele nunca nos olha quando vamos até ele. Vamos ver agora, se no meio de toda essa gente ele nos atende.
João desistiu e foi pra casa, pouco tempo depois sua mãe chegou:
 - E aí, falou com ele?
 - Falei. Ele disse que eu passasse por lá amanhã. Agora eu entendo porque as pessoas dizem que não existe amanhã. Ele nunca chega e já faz um tempão que eu espero.
Lucas Fontes

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Crônicas

Em Algum lugar...

“Na praça, eu aproveitava um dos poucos ares puros que restava nesse planeta e começava a refletir o quanto o lugar em que vivemos faz parte de nossa identidade. Basta dizer onde moramos e já dizemos muita coisa. Calmaria, vendas, correria e frio marcam esse fim de tarde nesse lugarejo. Aqui nasci e me criei, acredito também que será aqui o meu fim. Minha idade já está avançada, não há tempo para mudanças nunca realizadas. Gosto daqui e não me envergonho disso. Há quem diga: “Meu Deus, que lugarejo mais atrasado”. Tenho pena destes, pois nunca conheceram a superação que meu lugarejo já passou. Era uma única rua, hoje quase uma cidade e o melhor uma cidade lembrada por muitos. Vem gente dali do Norte para passear, vem gente dali do Sul para morar. Um pedaço do país, que abriga sonhos e vidas lutadoras no dia a dia para manter o seu lugar na imensa sociedade. Muito há que se fazer para tudo melhorar, mas assim também é bom, minha velhice não aproveitará muita coisa, mas meus descendentes, esses sim, continuarão com a escrever a história desse lugar.”
Lucas Fontes

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crônicas

Experimentos do coração

Lucas Fontes

Enquanto a viatura da polícia passeava na rua eu observava as palavras do meu avô, que sentado na calçada admirava o esconderijo do sol e falava sobre as experiências que os mais antigos têm em relação à chuva.
Se vai chover hoje eu não sei, meu avô diz que sim, o que eu sei, ou melhor, o que eu queria saber é como pode existir tantas experiências para o tempo climático e nenhuma para os corações machucados.
Nessa manhã, as palavras do meu avô me chamaram a atenção só por esse paralelo que a minha imaginação começou a criar. Fiquei pensando como seria: “Hoje fulano está vestindo preto, hoje o dia dele não vai ser tão bom”, ou então “Fulano hoje comeu tal tipo de erva, por isso hoje ele terá uma surpresa”. Experiências tolas, sem validade alguma, típica de pessoas que amanhecem tristes e não encontram soluções, ou seja, meu caso atualmente.
Mas não vou me apegar a nenhuma dessas experiências falhas, já basta de ilusões. Nossa! Começou a chover, meu avô estava certo. Não tem clima mais melancólico que a chuva pra procurar soluções para minha tristeza. Quem sabe isso depois não se torna uma experiência? Torço pra que não! 

sábado, 13 de novembro de 2010

Crônicas

Errar? Pra quem?
Lucas Fontes

“... Lá está minha moreninha, vivendo tudo o que não planejava, bem distante das minhas promessas não cumpridas.  Ela fez uma troca, todos dizem que ela saiu perdendo. Eu não jugo ninguém.
Mas, comigo ela era uma princesa, distinta por sua cor, mas vibrante por sua beleza comovente. Nesse calor, ela está na calçada carregando pedras pra colocar em seu quintal e o seu marido, namorado ou amante, sei lá, está jogando buraco na esquina perto de casa.
Ah, moreninha! Se você não tivesse me trocado, tudo seria diferente. Te vi no topo, lá em cima, mas foi ilusão. O real me mostra onde você está. E, chega! Não quero lembrar mais de você, nem de suas escolhas. Troco minhas palavras já desperdiçadas pra te falar em pensamento: “Porra, Quanta burrice! Bem feito!”
Ah! Foi difícil, mas consegui. Amanhã viverei ainda mais...”

sábado, 30 de outubro de 2010

Crônicas

Voto nulo à familiaridade
Lucas Fontes

Agora pude ver como essas eleições de segundo turno mexem com as pessoas. Minha filha quase morre quando falei que ia visitá-la. No começo pensei que ela não queria me ver, mas depois ela se explicou:
 – Como assim pai! Tanto dia pra me visitar e o senhor escolhe logo o domingo. Você precisa está na sua cidade pra votar.
– Mas filha, eu quero viajar e aproveitar essa folga. Meu voto será nulo.
– O que? Pai, isso está errado! Eu sou capaz de não ficar em casa pra lhe receber. Escutou?
Pois é! A cabeça de algumas pessoas pira nessa época de eleição. Alguns ficam tão malucos que chegam a apostar o pouco que tem. No caso da minha filha, eu entendo porque ela teme tanto a diferença ou não do meu voto quase inválido. Ela estuda Economia numa faculdade particular, mas não paga um só centavo por esse estudo. O medo é grande em perder a bolsa, mas sinto que estou ficando velho e já chego a comparar esse medo de perder o estudo, com a perda de um pai. Sei que isso é coisa do meu velho juízo. Já tentei evitar, mas desisto e quando estou só, a situação piora.
Esses candidatos e até mesmo essas eleições não tem garantia nenhuma. Quando estamos seguros em algo que fazemos ligados à política brasileira, a única certeza é a gratidão pelo domínio nada democrático no qual seguimos, achando que somos beneficiados com um belo presente, sei lá, um diploma de Economia talvez. Queria que minha filha pensasse no quanto todos os brasileiros perdem. Ou ela ficaria maluca, ou aclamaria pela minha presença fraterna.

sábado, 16 de outubro de 2010

Crônica

Apetitosa hora livre
Lucas Fontes

Hoje, eu calço os meus belos sapatos que comprei semana passada. Mas a compra desse calçado é insignificante perto da situação em que me envolvi.
Pois é! Semana passada descobri a importância que se tem a hora do almoço. É só uma hora, passa rápido, depois tenho que voltar ao cansativo e problemático trabalho bancário.
Mas ao sair para comer distrações, me surpreendi ao ver uma criança tomando conta de outra em meio à rua movimentada de pessoas preocupadas com suas economias, com sua família, com seu sexo e outras coisas normais.
Era curioso o modo como a criança mais velha, um garoto com seus nove anos eu acho, guiava a mais nova, segurando-lhe a mão direita com força como se fosse um escudo. Os dois moleques estavam fardados com blusas colegiais.
Talvez a realidade seja diferente, porém a aparência escondida em rostos simples era de bons alunos, crianças dedicadas, possuintes de uma bagagem como seus tamanhos, pequenos, mas influentes e perceptivos.
Pra alguns, isso não passa de uma bobagem, só que pra mim qualquer fato simples já foge do normal. Eu não vejo isso dentro de um banco, nem mesmo o sol, uma flor que seja, ou até boas vontades. Só me resta a hora do almoço. Tempo em minutos com cara de segundos, repleto de gestos fulminantes ao estresse adquirido por não ter horas como essa.

sábado, 9 de outubro de 2010

Crônica

‘Reflexão Virtualisada’
Lucas Fontes

Queria ter uma câmera digital naquela época em que eu escutava músicas de barão junto com a minha avó. Seria um belo registro que saciaria minhas lembranças.
Essa junção de épocas e de mídias me faz refletir muito em como será o amanhã. Não me refiro ao que acontecerá, se vou chorar com dores nas costas ou se vou correr em busca do sol na beira do mar. Minha reflexão se refere em como vamos nos dá em relação às tecnologias atuais, ou melhor, talvez não exista atualidade nesse meio transmutante que só passa, deixando gerações e máquinas para traz.
Se hoje eu me preparo para enfrentar a hipermídia, com todos os seus áudios, vídeos e links, ontem ela já se aprimorava visando sempre o amanhã e não o presente.
Muitos até pensam – “Ah, eu passo vários anos com esse equipamento” – se achando uma pessoa recatada tecnologicamente, mas basta meia hora de leitura em um dia chuvoso, numa dessas revistas voltadas às computações e esse mesmo indivíduo verá que conhece pouco esse ramo extenso e futurista.
Eu já reconheço isso, não vou negar, também sou consciente que, não muito longe, algum parentesco fará o mesmo que eu; desejará ter em suas mãos algo que registre todas essas idéias passadas nessa crônica, brevemente sem sentido para os que virão mais tarde, pois a imposição tecnológica não se acabará.

sábado, 18 de setembro de 2010

Crônica

Simples fato em capa
Lucas Fontes

Tão impactante! Pego o jornal do dia e na matéria de capa está um assassinato. Sei que atualmente isso não é uma raridade. Mas não acontece sempre quando conhecemos quem foi os assassinados.
Na verdade, eu não os conhecia, apenas tinha visto o casal numa loja de roupas no shopping do centro. Ao ler todo o texto e observar bem a foto dos dois, foi que percebi o porquê de toda aquela inquietação. Eram murmúrios, caretas, desconfiança, medo das percepções. Quem os via percebiam que havia um disfarce em uma simples briga de casal.
O jornal nos trouxe o outro lado. Depoimentos de vizinhos declararam um pedido de divórcio da esposa ao marido. Depois de negado criou-se a tal tragédia. Ele a mata e depois comete suicídio.
É! Nos corredores das lojas sempre nos deparamos com situações simples, tão simples que se tornam um motivo pra mais um assassinato. Os dois possuíam seus princípios; quem sabe esses já não se encontravam ligados a tragédia ou a fraquezas. Pessoas fracas, espíritos fracos, atitudes rudes, mas conscientes por serem pessoas capazes de saberem que a vida, assim como a moeda mais invalida, possui dois lados.
É uma pena encontrarmos pessoas que erram nas escolhas e descartam o concerto. No fim da tarde, o jornal com a foto dos dois vai para o lixo. Nunca nos prendemos a todas as noticias, pois elas são apenas mais algumas das muitas que não param de acontecer, porque a vida continua e os erros em muitas escolhas também.

sábado, 11 de setembro de 2010

Crônica

Uma Velha Conversa Sobre o Novo
Lucas Fontes
Chegando à cozinha a esposa pergunta:
– Bom dia, amor! Como está o café da manhã?
– Está ótimo. Viu que horas o Duda chegou da festa?
– Não. Estava com sono pesado. Talvez porque trabalhei muito limpando essa casa. E você viu?
– Claro. Era três e meia da madrugada, bem na hora em que eu ia ao banheiro. Levei um baita de um susto.
– Por quê? Pensou que era algum ladrão?
– Sim! E um ladrão vestido de palhaço, sei lá!
– Ha Ha Há. Já sei. Foi por conta dessas novas roupas que o Duda começou a usar.
– Roupas! Você chama aquilo de roupas?
– Ah amor, essa nova geração de jovens está com um novo estilo de se vestir, de escutar músicas, até de conversar. Como é o nome que o Duda falou? Lembrei! Happy Rock!
– O que? Happy Rock. De onde que tiraram isso? Ai ai agora sei que já vi de tudo mesmo.
– Você não ver que os programas da TV estão com um monte de cantores assim? E isso é bobagem amor. Do mesmo jeito em que nossa geração tinha alguns costumes eles também têm. Se o Duda usa um óculos vermelho, camisa verde-limão e calça amarela não tem nada demais.
– Pra mim é estranho. Rock é rock e pronto. Não deveria existir, rock feliz ou rock triste. Eu é que não usaria essas coisas coloridas. E amor, todos os meninos desse Happy Rock são assim ou só é o Duda?
– Todos são assim mesmo, meio malucos.
– Ufa! Que alívio já comecei a pensar besteira. Mas fazer o que tem gosto pra tudo! Mas o Brasil é foda mesmo! Até no rock eles querem fazer carnaval! Eu não espero mais nada.
– É amor, agora termina seu café pra não se atrasar.

Crônica

Jovens Inatos
Lucas Fontes

“Como todos os outros dias, desses três últimos meses de minha vida, já acordo sabendo o que fazer e pra onde ir. Pra um batente na singela quitanda da esquina. Sou mais um na roda de amigos momentânea.
É tudo rápido, conversas intermináveis em um longo tempo corrido. Todos esses homenzarrões sofrem os sintomas do desemprego, menos eu, tenho só dezessete anos. Um moleque a escutar reclamações e ordens, resumindo, na minha pequena cidade, um vagabundo. Não me importo com esses pensamentos, ainda tenho muita paciência até os dezoito.
A roda amiga, atraente na rua, se desmancha. Os homens saem rumo às soluções, algumas impossíveis outras complicadas. E eu nesta tarde não saí, persisti em ficar no batente, soube que hoje uma pessoa foi de vez desse lugar pacato. Um pequeno enterro vem atravessando a vazia praça. Um jovem, assim como eu, baixa as portas do comércio. Uma questão de respeito e mais um assunto a ser comentado no próprio enterro. Penso que é sorte, outra hora, mais inteligência ou nada pode ser motivo daquele jovem comerciário ser bem diferente a mim. A própria situação diz isso. Aqui, ou você casa e se escraviza ou estuda e trabalha. Vou tentar fazer minhas escolhas.
As lágrimas, os olhos curiosos em busca de mais lágrimas, gemidos e carros acabaram de passar. Fim do enterro. A vida continua, a mesmice também. O comércio se reabre, o jovem se agiliza. Percebi que a garota que me seduz, hoje não passou em frente à quitanda. Não sei se a espero ou se vou embora. Já pensei muito em partir de vez, mas penso nos meus dezessete. Me lembro que vivo no Brasil e me deito no batente. Hoje está fazendo muito frio!”

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Crônica

Beleza Imposta



Lucas Fontes

Minha nova namorada tomou um grande susto quando a fiz um convite através dessa pequena e mentirosa história no descanso do café da manhã.
“Adorada, meu adorado amor. Hoje poderíamos passear, fazer algumas compras, esquecer um pouco do mundo. Há tempos que não faço isso. Vamos agora, agora mesmo! Não estamos tão desarrumados assim. E pra que se arrumar? A intenção é fugir das imposições presentes em nossos dias. O famoso padrão de beleza é uma delas. Esqueçamos as atuais campanhas publicitárias e seu poder de persuasão. É ótimos sermos vistos arrumados em certos momentos, mas quando isso acontece ao nosso jeito. São muitas as coisas horríveis que são nos proporcionadas como algo lindo. Muitas vezes denominados de tendência, o presente feio se tornará um passado ridículo pelos que virão após. Sempre é assim! E aí o que achas?”
Nem pensar! Foi o que ela me respondeu. E era mesmo o que se esperava. As mulheres são totalmente contagiadas pelas falsas belezas. É um padrão e tem que ser seguido, não é verdade? Comparo o mesmo com a promoção pela paz. Pode ser engraçado ou sem sentido, mas é verdadeiro.
Ah! No início tratei logo em explicar que a história era pequena e mentirosa. Pequena por servir apenas como uma distração, mentirosa porque se hoje os padrões de beleza afetam as mulheres, com os homens nem se fala. Essas mulheres, assim como esses anúncios são poderosos.
Ao terminar de ler faça o mesmo que eu fiz quando acabei de escrever. Não canse de procurar uma mulher tão linda quanto à dessas campanhas. Será difícil. Elas não parecem ser brasileiras. Ou esqueça, se contente com a que tem e ligue a TV.


Crônica

Uma Leitura dos Nossos Dias



Lucas Fontes

Hoje teria tudo para ser um ótimo dia. A empresa em que trabalho estendeu o feriado por conta do jogo da seleção na copa do mundo.
Assim, programei sair e comprar algumas roupas. Mas chove, chove muito, típico do nordeste nessa época do ano.
Desisti das compras e fui ler o jornal do dia. Muitas manchetes e poucas coisas importantes. Notícias falando da mais fraca seleção brasileira de todos os tempos, sobre as tragédias causadas pelas chuvas aqui no Nor¬deste, sobre as celebridades instantâneas e também um uxoricídio.
Mas que palavra é essa? Logo de início achava que era algum erro de di-gitação que facilmente encontramos, mas não era. Peguei o dicionário e vi do que se tratava, pois na matéria não estava muito claro. Por que não dizer que houve um crime por parte do marido contra sua esposa? Bem mais simples!
Caso essas trocas de palavras que confundem o leitor continuarem, farei como aqueles, com ar de intelectuais, uma caneta na mão, se precisar um Aurélio na outra e olhos bem atentos. Só em falar percebo que não vai dá certo, isso é muito diferente pra minha região e apenas busco a informação e não uma aula gramatical.
Acho que nem o assassino, ou melhor, o uxoricida iria entender esse tex¬to. Fazer o que? Já assinei esse veículo, não vou mudar. E depois ainda perguntam por que as pessoas não gostam de ler. Ler é ótimo! Quando entendemos o que está sendo lido.
Deixei pra lá. Se der depois eu leio, o jogo vai começar mesmo.
As compras não deram certo, a leitura nem se fala e pelo que vi no último jogo posso dizer que o dia hoje vai continuar não sendo um dos melhores.


Crônica

Seres Promitentes
Lucas Fontes


Já vem a senhora Vilma, saindo toda de vermelho da igreja, longe de ser uma beata compromissada com suas promessas.

Não conheço totalmente apenas ouço boatos quando fico na janela observando os cochichos e ouvindo exageros sobre algumas vidas pessoais. Ah, se eu pudesse morar em outro lugar!

Mas como não posso, fico atento a esses pequenos comentários. Quem sabe um dia, muitos não falem de mim.

E pensando bem, a senhora Vilma pode ser comparada a qualquer um de nós. Somos promissores, alguns até assumidos, outros o mais discreto possível. Já ouvi muitas vezes:

– “Prometo que esse ano não fumarei mais!”

– “Prometo te pagar semana que vem!” e até:

– “Prometo não mais te trair!”

Acostumamos a prometer demais e na grande maioria a cumprir de menos. Nem os santos escapam. Talvez a senhora Vilma deva muito aos coitados. Pois é, nossa vida monótona ainda tem um pouco de uma vida política: promessas e promessas.

Sobre isso não tenho dúvida, a vida em si já é uma promissão onde almejamos conquistas. Mas ainda que eu esteja vivo, respirando esse ar seco, eu prometo um dia gritar:

“Santa promessa política nunca mais quero te ouvir!”.