segunda-feira, 25 de julho de 2011

Crônicas

Em Algum lugar...

“Na praça, eu aproveitava um dos poucos ares puros que restava nesse planeta e começava a refletir o quanto o lugar em que vivemos faz parte de nossa identidade. Basta dizer onde moramos e já dizemos muita coisa. Calmaria, vendas, correria e frio marcam esse fim de tarde nesse lugarejo. Aqui nasci e me criei, acredito também que será aqui o meu fim. Minha idade já está avançada, não há tempo para mudanças nunca realizadas. Gosto daqui e não me envergonho disso. Há quem diga: “Meu Deus, que lugarejo mais atrasado”. Tenho pena destes, pois nunca conheceram a superação que meu lugarejo já passou. Era uma única rua, hoje quase uma cidade e o melhor uma cidade lembrada por muitos. Vem gente dali do Norte para passear, vem gente dali do Sul para morar. Um pedaço do país, que abriga sonhos e vidas lutadoras no dia a dia para manter o seu lugar na imensa sociedade. Muito há que se fazer para tudo melhorar, mas assim também é bom, minha velhice não aproveitará muita coisa, mas meus descendentes, esses sim, continuarão com a escrever a história desse lugar.”
Lucas Fontes

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