quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crônicas

Experimentos do coração

Lucas Fontes

Enquanto a viatura da polícia passeava na rua eu observava as palavras do meu avô, que sentado na calçada admirava o esconderijo do sol e falava sobre as experiências que os mais antigos têm em relação à chuva.
Se vai chover hoje eu não sei, meu avô diz que sim, o que eu sei, ou melhor, o que eu queria saber é como pode existir tantas experiências para o tempo climático e nenhuma para os corações machucados.
Nessa manhã, as palavras do meu avô me chamaram a atenção só por esse paralelo que a minha imaginação começou a criar. Fiquei pensando como seria: “Hoje fulano está vestindo preto, hoje o dia dele não vai ser tão bom”, ou então “Fulano hoje comeu tal tipo de erva, por isso hoje ele terá uma surpresa”. Experiências tolas, sem validade alguma, típica de pessoas que amanhecem tristes e não encontram soluções, ou seja, meu caso atualmente.
Mas não vou me apegar a nenhuma dessas experiências falhas, já basta de ilusões. Nossa! Começou a chover, meu avô estava certo. Não tem clima mais melancólico que a chuva pra procurar soluções para minha tristeza. Quem sabe isso depois não se torna uma experiência? Torço pra que não! 

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eu Recomendo!

Morte e Vida Severina

Divulgação

A premiada obra-prima de João Cabral de Melo Neto foi retratada por vários meios artísticos como o teatro, o cinema e a televisão. Um elenco de primeira encena a vida de Severino retirante que luta para escapar da ‘Vida Severina’ permanente na região Nordeste, devastada pela seca, pela fome e outras misérias referentes ao estado em que se encontrava determinada região. Um dos diferenciais da história é a maneira como a mesma foi criada e trabalhada em forma de poesia homônima ressaltando ainda mais o talento de João Cabral de Melo Neto. Morte e Vida Severina é uma crítica social que se consagrou na literatura brasileira.
Assista ao musical completo:

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Poesia e Reflexão

Como viver?

Divulgação

“Algumas de minhas palavras são falhas. Acidentalmente elas tocam algumas pessoas, modificam-nas e mudam o que permanece ao redor. Bravos aqueles que não se enganam. Uma maestria excelente e desconhecida. Alguém um dia se cansou de gritar: ‘Saibamos viver!’ Cansaço inevitável, hoje esse 'saber viver' ainda permanece a sete chaves. Continuemos a procurar, assim novas maneiras de viver surgirão e outras serão convertidas. Mas os erros, esses sim permanecerão...” 
Lucas Fontes


domingo, 26 de junho de 2011

Eu Recomendo!

Oração – A banda mais bonita da cidade.



O sucesso da internet foi inevitável para que a música oração se espalhasse na rede, conquistando os amantes da boa música.
Com letra simples, a música faz uma brincadeira e como o nome já diz, realiza de forma repetitiva uma oração, que busca salvar o sentimento da pessoa amada, mostrando-lhe as características do coração apaixonado, coração que guarda ‘o que não cabe na dispensa’.

Baixe esse sucesso:
http://www.4shared.com/audio/6M9qC5uo/orao__a_banda_mais_bonita_da_c.html


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dicas de Língua Portuguesa

O verbo “render” e a sua má colocação.

Freqüentemente encontra-se nas notícias dos impressos e mais ainda nos rádios manchetes parecidas com:
“Os últimos ataques nas noites paulistanas renderam quase oito travestis mortos”.
Renderam alguns mortos? Como assim?
Sabe-se que “Render” é um verbo que também significa “ocasionar” e “provocar”, mas seu uso tende a ser explorado em fatos ou eventos positivos. Existem vários sinônimos que poderiam ser empregados nessa frase, tais como: deixar, resultar, provocar e outros. O vocabulário jornalístico precisa sim ser rico em conotações ou mesmo em verbos nem sempre optados pelos jornalistas. Mas é válida a moderação no emprego desses léxicos. Ou depois o público vai confundir “Render” com “Renda”, por exemplo, e vai reclamar novamente das rendas prestadas pelo país.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Crítica Pessoal

“Sejamos mais criativos!” Foi essa expressão que eu ouvi ao chegar à sala de aula. A aula estava mesmo chata, reconheço isso sem nenhum receio, então fiquei pensando o que seria criatividade. Pensei também em alguns nomes de criadores, a principio só me surgiu Deus, porque tenho comigo que para a criação de determinada coisa, significante ou não, precisa-se de um embasamento de algo já concreto. É como se tudo fosse criado em conjunto, idéias dependentes de idéias. Daí muitos atribuem o ditado já vulgarizado: “Nada se cria, tudo se copia”. Por outro lado se relacionássemos todas as criações dessa maneira, todas as teorias e nossos próprios pensamentos se tornariam um caos. Imaginemos nossa literatura repleta de obras conjuntas. É bem melhor simplificar e deixar o mérito de cada autor do jeito que está, embora muitos de nossa contemporaneidade não mereçam. Mas toca-se em frente e novas ‘criações’ hão de vir. Já dizia Albert Einstein: “O segredo da criatividade é saber esconder as fontes.”, se um saudoso criador cita algo assim, o que eu posso falar? Viva as transmutações!

Lucas Fontes